Artesanato, bolos e tortas nos cursos oferecidos do SENAR-PE em Frei Miguelinho


freimiguelinho

 

Maria Welkovic é presidente do Sindicato Rural de Frei Miguelinho

Da Redação

Para oferecer mão de obra ao trabalhador rural, proporcionando a sua inserção no mercado do trabalho, o sindicato de Frei Miguelinho, município do Agreste pernambucano, vem utilizando como ferramenta os cursos de formação profissional e promoção social oferecidos pelo SENAR-PE- Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. No momento, estão sendo oferecidos os cursos de trabalhador na panificação para bolos e tortas e de artesanato em palha de milho e em materiais recicláveis para construção de brinquedos populares. “É grande a procura pelos cursos do SENAR. O trabalhador rural vem buscando cada vez mais a profissionalização e o sindicato vem trabalhando para atender a demanda”, declarou a presidente Maria Welkovic.
Além de Frei Miguelinho, mais dezesseis sindicatos rurais estão realizando este mês, cursos do SENAR-PE, entre eles Petrolina, Lagoa Grande, Manari, Machados, Cabrobó, Buíque, Ouricuri, Bezerros, Garanhuns, Sertânia, Machados, Parnamirim, Serra talhada, Verdejante, Garanhuns e Bezerros. Os cursos vão de artesanato, a costureiro, beneficiamento de carne, pedreiro, eletricista, bombeiro hidráulico, inclusão digital rural, entre outros e a carga horária varia entre 24 e 48 horas.

 

País não tem como escoar safra sem fila, admite ministro


safra

 

Lucas Baptista/Futura Press
Apesar das ações do governo, longas filas já se formaram neste ano

Fonte: O Estado de São Paulo

O Brasil ainda não dispõe da infraestrutura que necessita para escoar a safra de grãos, e é impossível garantir que não haverá fila nos portos, admitiu em entrevista exclusiva ao ‘Estado’, o ministro da Secretaria Especial dos Portos (SEP), Antonio Henrique Silveira. “É muito difícil ter situação com absoluta ausência de filas.”
O ministro informou, porém, que o governo está atuando para evitar o problema, inclusive aplicando multas pesadas. Até ontem, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários aplicou um total de R$ 300 mil reais em multas a quatro terminais.
Ontem, ele se reuniu com produtores, tradings e os ministérios da Agricultura e Transportes para reforçar a necessidade do agendamento dos caminhões, diante de resistências do setor privado. A descida programada dos veículos até o porto é a grande aposta do governo contra o gargalo portuário, mas desde o início da safra já houve pelo menos dois episódios em que formaram-se filas de caminhões não agendados.
“O País precisa de mais infraestrutura, mas não é possível provê-la imediatamente”, afirmou o ministro. Uma possibilidade em estudo para minimizar os problemas é o Ministério dos Transportes reforçar o controle do tráfego de caminhões. E a Agricultura convencer os produtores a embarcarem os grãos de forma planejada.
“A turma que embarca grãos no Centro-Oeste tem de ter a consciência que o agendamento é absolutamente necessário para o bom resultado de seus negócios”, frisou o ministro. Ele explicou que as multas pela falta de agendamento poderão encarecer o frete.
Hidrovia prejudicada. Este ano, até a estiagem contribuiu para o congestionamento nas estradas, contou o ministro. Com pouca chuva, a hidrovia Tietê-Paraná, por onde são escoados 5 milhões de toneladas, perdeu um terço de sua capacidade. Assim, houve um acréscimo de 1,6 milhão de toneladas nas estradas.
A despeito do crescimento dos portos no Norte do País, Santos ainda é, atualmente, a principal porta de saída da produção de grãos do Centro-oeste. A forte concentração das cargas lá e no porto de Paranaguá (PR) ainda é, na visão do ministro, um gargalo no sistema portuário a ser atacado.
“O desafio é ter uma logística mais integrada, fugindo da sobrecarga do eixo rodoviário, e uma redistribuição geográfica, que já começa a acontecer”, afirmou o ministro.
Aparelhamento. O Ministério dos Portos contratou também uma consultoria que vai enfrentar outro antigo problema da área: o aparelhamento das companhias docas. A nova lei dos portos, aprovada no ano passado, mudou o papel dessas empresas. De acordo com Silveira, elas passaram de “donas” dos portos para uma espécie de “síndico de condomínio”. Assim, o modelo de gestão e as obrigações mudam de natureza.
Uma tarefa das companhias é cuidar dos acessos portuários, que são um ponto crítico. Na semana passada, a Secretaria de Portos lançou um edital para contratar um serviço de dragagem no porto de Santos. A empresa terá a missão, durante três anos, de manter a profundidade da área em 15 metros.
Mas o que Santos precisa é reformular toda a geometria do porto, e esse trabalho demandará mais tempo. Segundo Silveira, na última década os navios aumentaram rapidamente de tamanho. Os que transportam contêineres passaram de 200 metros para 400 metros. Assim, surgiram dificuldades para manobrá-los.

 

Insatisfação e desabafo marcaram o debate sobre o Cadastro Ambiental Rural dos técnicos da SEMAS e CPRH na FAEPE.


reuniao

 

O diretor de Recursos Florestais Paulo Teixeira (SEMAS), o presidente da FAEPE, Pio Guerra, o coordenador do CAR, Josemário Lucena  e o analista em Gestão Ambiental, Orieudo Moura, ambos da CPRH .

A convite do Presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco, Pio Guerra, técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (SEMAS) e da CPRH compareceram à sede da FAEPE, nesta quarta-feira, 19, para falar sobre o Cadastro Ambiental Rural e o seu funcionamento no Estado. Por mais de três horas técnicos e agropecuaristas debateram sobre o tema. O alto custo do georreferenciamento e o curto prazo para a inscrição foram alvo de críticas. O Presidente da FAEPE Pio Guerra registrou a insensibilidade do Poder Público. “Os organismos têm que ter sensibilidade, um ano de prazo é muito pouco para quem enfrentou três anos de seca”, declarou.
Na palestra, os técnicos, Josemário Lucena, coordenador do CRA e gerente do Programa Mata Atlântica e Biodiversidade da SEMAS, Paulo Teixeira, Diretor de Recursos Florestais e Biodiversidade, e o Analista em Gestão Ambiental, Orieudo Moura, ambos da CPRH, além de expor o mecanismo de funcionamento do CAR, no estado, reforçaram a ideia de fazer o cadastramento no sistema off line, enquanto aguarda o lançamento do SICAR- Sistema Nacional de Informação, órgão oficial que vai recepcionar os dados repassados pelo CAR, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Para realizar a operação, os donos de terra devem acessar o site nacional: www.car.gov.br, selecionar o Estado onde se encontra a propriedade, instalar o aplicativo do sistema em um computador e responder ao formulário. Também é possível consultar a situação do imóvel cadastrado. As informações serão recebidas e analisadas pela CPRH, que verificará se a propriedade está sendo explorada de forma correta. O cadastro realizado no sistema off line, não tem validade, adverte Lucena. Quem adiantar o cadastro deve armazenar as informações em pendrive ou CD e aguardar o lançamento do SICAR. Somente quando os dados do cadastro forem lançados no sistema nacional é que será liberado o recibo oficial.
Em Pernambuco, cerca de 350 mil imóveis rurais de particulares terão que declarar ao governo Federal a forma de utilização da sua propriedade rural, através do Cadastro Ambiental Rural (CAR), programa nacional que visa integrar as informações ambientais referentes ao meio rural. O propósito é saber, no Estado, se o uso da terra no Estado estão de acordo com as normas do Código Florestal.
Para fazer o georreferenciamento, passo inicial do cadastramento, o proprietário de terra poderá contratar uma empresa cadastrada junto à CPRH ou procurar um profissional habilitado. Os pequenos proprietários rurais, que dispõem apenas de até quatro módulos fiscais, terão apoio técnico e financeiro do Estado e segundo informações do coordenador do Programa, Josemário Lucena mais de 70% dos imóveis de particulares e públicos estão nessa condição.
A palestra, a primeira de uma série, foi produtiva e quem ainda não dispunha de informações sobre o funcionamento do CAR aproveitou a oportunidade para esclarecimentos. Mas o preço do georreferenciamento e o prazo exíguo para a inscrição, um ano contado da data do lançamento do SICAR, dominaram o debate. João Batista Albuquerque, representante do Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado de Pernambuco, na FAEPE, foi um dos que mais criticaram o valor. “Os produtores não têm condição de arcar com os custos”, declarou.
Ao final do encontro, Pio Guerra agradeceu o convite da SEMAS e da CPRH para atuar como parceiro do programa e fez um histórico lembrando das secas na região, que reduziu o rebanho e o potencial da bacia leiteira e da falta de políticas públicas ao longo do ano. “A nova Lei Florestal trouxe maior clareza dos direitos e deveres dos agropecuaristas, além de elevar a consciência ambiental no meio rural do brasileiro”, reconheceu. Com a implementação do CAR , a Federação, além de manter representantes oficiais no Consemas estadual vem qualificando técnicos para atender aos seus sindicatos.

 

 

Como o clima afeta a sua mesa


farinha

 

Farinha de mandioca, campeã de aumento em 2013, continua com altas
Heudes Régis / JC Imagem

Fonte: JC Online

Efeitos climáticos voltaram a pressionar para cima o preço dos alimentos. Ano passado, a seca do Nordeste criou vilões locais da inflação que continuam a escalada de preços, com destaque para a farinha de mandioca e o inhame. Mas no Sudeste e no Sul, o risco de frio intenso deu lugar à certeza de ondas de calor que prejudicam maçãs e laranjas. O resultado: produtos de menor qualidade e preços altos, uma pressão a mais na inflação dos alimentos.
Produtos que começaram as altas no ano passado continuam a prejudicar o consumidor em 2014. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede a inflação oficial do País, no Grande Recife o inhame subiu 37% ano passado e só em janeiro avançou mais 18%. O abacaxi cresceu 28% em 2013 já subiu mais 7,51%.
O mesmo ocorre com itens da cesta básica, segundo o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese): a farinha de mandioca, vilã de 2013, está 18% mais cara que em janeiro passado e o tomate, 16%.
“Ano passado a farinha já havia triplicado de preços”, diz Jackeline Natal, pesquisadora do Dieese.
Mas o calor agora também é problema até no Sul. “Nos últimos dois anos foi a geada, com granizo cada vez mais frequente. Este ano fomos atingidos por uma forte onda de calor nunca vista”, afirma Pierre Nicolas Pérès, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM). O calor queima a casca da fruta, que cai do pé antes de amadurecer.
Em 2013 foram 1.080 toneladas de maçãs, com previsão inicial de alcançar outras 1.150 toneladas este ano – 75% para o mercado nacional.
“Mas já é praticamente certo que vamos ter queda com relação ao previsto”, diz Pierre. O momento é de colheita. Na safra passada, o preço subiu 40%, vendido em uma faixa de R$ 1,40 a R$ 1,90 o quilo da fruta. Ele diz não saber a subida atual. No varejo do Grande Recife, segundo o IBGE, só em janeiro a maçã já subiu 11,89%, mais do que os 11,38% acumulados em 2013.
No Sudeste, a laranja-pera, produção que abastece o mercado nacional, a indústria e também é exportada, também foi afetada. A fruta subiu 31% no Grande Recife em 2013 e havia desacelerado em janeiro, com alta de apenas 2%.
“A seca reduziu o tamanho da laranja e também queima a casca. A fruta fica menos atrativa e significativamente mais cara. A situação é bastante grave”, afirma Flávio Viegas, presidente da Associação Brasileira de Citricultura (Associtrus). “Por outro lado, se vier chuva forte, pode provocar inchaço rápido e rachamento da fruta”, explica Viegas.
CEASA

Os preços no Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco, a conhecida Ceasa, indicam uma subida mais acentuada no valor das frutas do que em hortaliças, que no final de janeiro tiveram o preço normalizado.
“Em 2011, a cesta de 14 frutas custava R$ 500. Em janeiro de 2013, chegou a R$ 628. Mês passado, atingiu R$ 758. E hoje chegou a um pico de R$ 830”, diz Marcos Barros, chefe de informação do mercado agrícola da Ceasa. “Parte das frutas está inflacionada, acima das médias históricas”, comenta ele.
Enquanto isso, em um movimento inverso, a cesta de hortaliças, com 18 produtos, no final de janeiro atingiu seu auge, de R$ 533. Mas já caiu para R$ 424.
Um exemplo de alta de preços é o abacaxi, que historicamente custava R$ 1,20 a unidade. Atualmente, a fruta, que está vindo do Piauí, está em uma faixa de preços de R$ 2,50 a R$ 3. Da mesma forma, o cento da banana, também produzida no Nordeste, antes saía a uma média de R$ 7, alcançou os R$ 12.
“São preços considerando já a média sazonal, ou seja, a época do ano”, comenta o chefe de informação da Ceasa.
Segundo ele, outro produto que anda bem caro é o coco seco. O cento ficava por volta de R$ 90, mas passou para R$ 160. “Nem precisaria pesquisar muito para perceber a subida. Você anda na rua, no Centro do Recife, e o preço da água de coco chega a R$ 2”, avalia Barros.
Na opinião dele, assim como as hortaliças alcançaram seu ápice de preços, a tendência dos demais produtos é recuar. “Queria aproveitar e ressaltar que as hortaliças estão a valores muito atraentes. O consumidor pode aproveitar. O alface, que custava em média R$ 0,40, R$ 0,44, está por R$ 0,30. É o mesmo com vários outros produtos. É só vir conferir”, garante Marcos.

 

Chuva traz alegria e estragos para o Sertão pernambucano


chuva

Apesar da água ter alegrado a população sertaneja, os ventos chegaram a provocar sérios estragos em Afogados da Ingazeira
Foto: NillJunior / MaisPajeu / ItamarFrança

Fonte: JC online

O Sertão pernambucano tem previsão positiva para o período de chuvas que atinge a macrorregião no início do ano. Indícios para confirmar a estimativa foram vistos essa semana em cidades como Ouricuri e Trindade, onde nos últimos três dias chegou a chover em um dia o esperado para um mês. Apesar da água ter alegrado a população sertaneja, os ventos chegaram a provocar sérios estragos. Em Afogados da Ingazeira, casas tiveram seus telhados arrancados e as ruas ficaram alagadas.
A incidência de chuvas no Sertão teve início no sábado (15), intensificando no domingo e segunda-feira. Santa Cruz, Salgueiro, Cabrobó, Orocó, Parnamirim, Araripina, Exu, Araripina e Belém do São Francisco registraram precipitação. Segundo a Cordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), os municípios de Ouricuri e Trindade tiveram 100 milímetros de água entre domingo e segunda-feira. Afogados da Ingazeira teve 66 milímetros.
Em Afogados da Ingazeira, os estragos ficaram bastante visíveis com 30 minutos de chuva na tarde da última segunda-feira (17). O vento pôs abaixo uma casa, o muro do Estádio Municipal Vieirão, arrancou placas de lojas, telhados e árvores. O IFPE da cidade teve 50% da cobertura afetada pela chuva. Ruas ficaram alagadas e carros foram arrastados pela correnteza. Moradores relataram que a rede elétrica produziu descargas com fogo, mas não há informações de feridos.

Ventos arrancaram árvore em Afogados da Ingazeira – Foto: NillJunior / MaisPajeu / ItamarFrança
Na Rua Augusto Cerquinha, uma obra da prefeitura de Afogados prejudicou a drenagem pluvial. A água invadiu algumas casas, já que bueiros e corregos não suportaram a intensidade da chuva. Árvores caíram sobre a fiação e o Corpo de Bombeiros precisou ser acionado para evitar acidentes. Os afogadenses chegaram a ficar sem energia durante alguns minutos. A queda de energia durou duas horas nos municípios de Itapetim, Tabira, São José do Egito, Brejinho, Santa Terezinha e Tuparetama
Em Trindade, a chuva alagou um posto de gasolina, onde os moradores precisaram atravessar um cano na BR-316 para escoar a água. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) auxiliou na ação.

Terça-feira de chuva e trovoada no Sertão de Pernambuco


sertão

 

Foto: Divulgação / Flirck Eliânio Santos Cruz

Redação: Leia Já

 

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) informa que, nesta terça-feira (19), haverá chuvas e trovoada no Sertão de Pernambuco. O clima permanecerá nublado, com máxima prevista de 33°C e mínima de 19°C. Para o Agreste, os dados da Apac informam que o tempo permanece claro e sem chuva em toda a região. Os termômetros registram uma variação de 33°C a 19°C
Já na Região Metropolitana, o tempo estará parcialmente nublado, mas sem chuva em toda a região ao longo do dia. Temperatura máxima de 31°C e mínima de 22°C.

FAEPE faz palestra sobre o Cadastro Ambiental Rural


floresta

 

Da Redaçao

A convite da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco, o diretor Florestal da CPRH, Paulo Teixeira, faz palestra nesta quarta-feira, 19, no auditório da federação sobre o Cadastro Ambiental Rural para empresários do setor. O prazo para adesão ao CAD, criado pelo novo Código Florestal já está em vigor. No encontro, Teixeira vai esclarecer as dúvidas dos produtores e falar sobre a obrigatoriedade do cadastro e o que deve ser feito para efetuar a inscrição.
Em Pernambuco mais de 300 mil proprietários de imóveis rurais terão de declarar ao governo federal a forma de utilização do seu lote, através do Cadastro Ambiental Rural (CAR), programa nacional que visa integrar as informações ambientais referente à situação das Áreas de Preservação Permanente (APPs). O propósito é saber, no Estado, se as áreas remanescentes de mata atlântica e caatinga nas propriedades privadas estão de acordo com as normas do Código Florestal.
No Estado, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) coordena o projeto em parceria com outros órgãos. Caso não se cadastre, o proprietário não poderá vender seu imóvel nem terá acesso a linhas de crédito e à participação em programas como o Garantia-Safra.

 

Agricultura lança programa para aumentar produção de carne e de leite


download

 

Fonte: Portal EBC
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento lançou nesta segunda-feira, 17, um programa destinado a aumentar a produção de leite e carne até 2023. O Plano Mais Pecuária, dividido nos eixos Mais Leite e Mais Carne, pretende aumentar a produtividade do gado leiteiro em 40%, elevando, assim, de 35 bilhões para 46,8 bilhões de litros a produção anual da bebida. Além disso, tem a meta de dobrar a produtividade do gado de corte, passando de 1,3 para 2,6 bovino por hectare.
Uma das estratégias usadas para atingir os objetivos será o melhoramento genético. O governo apoiará financeiramente iniciativas de incentivo e treinamento da inseminação artificial. O objetivo é, até 2023, disponibilizar cerca de 252 mil touros reprodutores ao ano. O plano também pretende usar ações de marketing para aumentar o número de consumidores de leite e de carne, lançar editais para pesquisas que ajudem a desenvolver novos produtos e firmar parcerias para capacitar técnicos e produtores rurais.
Deve haver, ainda, monitoramento da qualidade dos produtos nacionais. Segundo o Ministério da Agricultura, até 2016, todo o leite captado pela indústria deve estar de acordo com os padrões oficiais, com redução da prevalência de brucelose e tuberculose. Quanto à produção de carne, o objetivo é que até 2018 todos os estados tenham aderido ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal. .
O Plano Mais Pecuária será organizado por um comitê executivo formado por técnicos e autoridades da pasta da Agricultura, e este órgão acompanhará a execução dos projetos. O programa foi formulado após reuniões do ministério com produtores de leite e carne bovina. A avaliação do órgão é que as ações de incentivo aos dois setores estavam fragmentadas e que o aumento da produtividade e padrões de qualidade ajudará também a aumentar a exportação dos dois itens.
O lançamento do plano ocorreu em Juiz de Fora (MG). Inicialmente, ele seria anunciado pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade. No entanto, como Andrade não conseguiu pousar na cidade mineira devido à chuva e retornou para Brasília, foi feito pelo chefe da assessoria de Gestão Estratégica do ministério, João Cruz.

 

 

 

Proposta cria regras para contratos de integração entre agropecuária e indústria


galinhas

 

Criação de aves para abate em indústrias é uma das formas mais comuns de produção integrada.

Fonte: Site Câmara Federal

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6459/13, do Senado, que estabelece um marco regulatório para a cadeia produtiva de integração agropecuária.
A proposta estabelece direitos e deveres para produtores rurais e agroindústrias em contratos de parceria de produção integrada, que hoje têm sido adotados em larga escala, apesar de não terem legislação específica. Trata-se da parceria entre produtores rurais e agroindústria para produzirem animais ou vegetais destinados ao comércio ou à indústria, no qual cada parte se responsabiliza por parte do processo. É o caso da criação de aves e suínos para abatedouros industriais.
A proposta deixa explícito que a integração não configura relação de trabalho, além de estabelecer que o simples pagamento do preço estipulado para a entrega avulsa de produtos agropecuários não caracteriza contrato de integração. Ressalva ainda que a integração vertical entre cooperativas e seus associados ou entre cooperativas constitui o chamado ato cooperativo, que já é regulado por legislação específica.
Contratos
O texto determina que os contratos de integração sejam escritos com clareza e precisão e que contenham, entre outros pontos: as responsabilidades e obrigações de cada parte; os padrões de qualidade dos insumos produzidos pelos produtores; as formas e prazos de distribuições dos resultados entre os contratantes; as obrigações de cada parte quanto ao recolhimento de impostos e ao cumprimento da legislação sanitária e ambiental; e as sanções para os casos de inadimplemento ou rescisão unilateral do contrato de integração.
De acordo com o projeto, os contratos deverão prever ainda a instituição de Comissão de Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadec), a quem as partes deverão recorrer para a interpretação de cláusulas contratuais ou outras questões inerentes ao contrato de integração. A Cadec, de composição paritária e integrada por membros indicados pelo integrador e pelos produtores integrados, também será responsável, por exemplo, por acompanhar e avaliar o atendimento dos padrões mínimos de qualidade exigidos para os insumos.
Ainda segundo o texto, o fórum da localidade onde se situa o empreendimento do produtor integrado deverá ser indicado no contrato de integração para fins de solução de litígio judicial.
Informações pré-contratuais
Conforme o projeto, o integrador deverá apresentar ao produtor integrado interessado em aderir ao sistema de integração o Documento de Informação Pré-Contratual (DIPC), com informações atualizadas sobre estimativas de investimentos e de rendimentos; sobre a necessidade de adquirir ou contratar bens para a produção; sobre o que será ofertado ao produtor em termos de assistência técnica, supervisão e treinamento; e sobre o grau de exclusividade da relação entre o produtor integrado e o integrador, entre outros pontos.
Tramitação
Foi apensado ao projeto do Senado o PL 4378/98 e seus apensados. Como estes já foram apreciados pelas comissões, a Mesa determinou que todo o bloco de projetos está pronto para inclusão em Ordem do Dia do Plenário da Câmara.

 

 

Safra recorde é ‘vitória’ do agronegócio do Brasil, diz Dilma


dilma

 

Fonte: RBA
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (11), durante discurso em Lucas do Rio Verde (MT), que a colheita da safra de grãos 2013/2014, prevista em 193 milhões de toneladas, é uma “vitória do agronegócio do Brasil”.
O cálculo de 193 milhões de toneladas, um recordepara o país, foi feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo Dilma, no entanto, produtores e o Ministério da Agricultura afirmam que o número pode chegar a 196 milhões de toneladas.
“Isso em relação ao que obtivemos antes é uma vitória do agronegócio no Brasil. Essa vitória é o que nós estamos celebrando hoje aqui também”, afirmou a presidente. Ela disse saber a importância do agronegócio e o quanto o Brasil pode ganhar “nesse processo, no presente e no futuro”.
Dilma aproveitou o discurso em Lucas do Rio Verde (MT), onde foi celebrada a abertura oficial da colheita da safra 2013/2014, para voltar a criticar os pessimistas. Ela disse que presenciar a produção e colheita de alimentos, era a certeza de que o país tem “competência e capacidade”. “É certeza que nós temos a competência e a capacidade, e que aqueles pessimistas de sempre, eles serão derrotados por essa força enorme que emana do nosso povo”, afirmou.
Antes do discurso, Dilma caminhou por uma plantação de soja e dirigiu uma colheitadeira. Em seguida, a presidente descarregou a soja colhida por ela e brincou de jogá-la para cima.
O prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, comentou o passeio dado por Dilma na colheitadeira. “A senhora viu a beleza e a coisa sagrada que é a produção”, disse.
Dilma também brincou com o fato de ter dirigido a colheitadeira. “Eu estava conversando ali quando a gente estava fazendo… Arranjei minha segunda profissão, que além de presidenta agora, eu sou operadora de máquina. Mas eu estava conversando, aquilo ali é complexo, não é fácil operar aquelas máquinas”, disse.
Vaias
Ao deixar o palanque do discurso, a presidente foi vaiada por servidores dos Correios que estão em greve. Cerca de 30 funcionários participaram do protesto. Os servidores se manifestaram contra a terceirização do plano de saúde da categoria.
Em coro, eles gritaram frases de protesto, como “Não, não, não, nossa saúde não” e “Ei Dilma, para de correr”, numa alusão ao que eles consideram falta de diálogo do governo federal com os trabalhadores dos Correios.
A presidente não se manifestou sobre as vaias, que aos poucos foram abafadas pelos gritos de apoio à presidente de políticos e outras pessoas que acompanhavam o evento.
Críticas do MST
Na tarde desta segunda (10), dirigentes do MST disseram em entrevista que o governo tem “optado politicamente pelo desenvolvimento do agronegócio” em detrimento da reforma agrária.
Cerca de 15 mil integrantes do MST, além de aproximadamente 250 pessoas de outros países participam até sexta-feira, em Brasília, do 6º Congresso Nacional para celebrar os 30 anos do principal movimento camponês do país. De acordo com a assessoria de imprensa do movimento, o MST possui mais de 900 assentamentos, que abrigam cerca de 350 mil famílias.
“Nos últimos anos houve um retrocesso caracterizado por uma aliança do